sábado, 8 de junho de 2013

Todas as cartas de amor são ridículas

É um moço regrado, medido, os passos que a cada dia mais e mais se firmam indicam seu bom caminhar, toda segurança, noção e um alto poder de concentração, despertar. Dá gosto de ver!
São boas notas, semestre quase fechado, férias do trampo e, então, todo o tempo, quase todo o espaço e muito boa cabeça pra inda melhor entreter-se, ainda mais despertar. É sempre mais trabalhar!

Um sábado à tarde. Depois da aula um café. Encontra amigos, conversa de coisas, percalços da vida, tudo estruturado: um moço todo articulado. Vai pagar a conta, passar na escola de som, pegar de volta a viola e a tudo de mais produtivo se dar.

Quando, tipo, lá fora ela passa, parece que tudo se vai, se escoa, se esquece. Nem rosto deu tempo de ver, foi bem, assim, já foi. Cabelo vermelho, andar de moleca, boneca, tão ela que desestrutura e tudo se perde, tudo se insegura, os passos em si titubeiam, vem frio na barriga, desconcentração. Já era, já era, já era.
Perdeu, meu irmão!

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