domingo, 22 de março de 2015

malsã, lamas, barro. grosso barro!
Oco! Tédio! Parco!
e tudo o que é mais
inóspito a meus ouvidos, teu gesto
uma loucura que de súbito atravessa
os ares
a que me dou:
perfeitos espasmos, solto o grito
de ânsia, excitação
a vontade que é mal e santa glorifica
busco as flores, cores, rimas
paixão na covardia que é ter
que é fugir
de ter
inóspitos relógios, o tempo, o desagrado
busco os novos encantos no castigo
na sensação
de perda
tola salvação é o não ao que me basta
pois nada basta
tola e mesquinha insensatez
é o julgar-se todo, completo
sem as rusgas do imperfeito amor
santo eu, definho
mal que nos acolhe
perfeito
o imperfeito amor.