Andando por entre becos que assustam, excitam,
nos chamam. É covardia, é burrice, besteira.
É o pior de mim e o mais puro.
É toda aquela pureza que deixei de ter quando passei a me questionar.
Não, não posso desligar, você me dispersa.
Meu gozo, minha libido, minha mente se vai com essa melodia macabra
do alerta de mensagem
do celular.
E que quando eu não puder mais escrever, ver e ler de novo a vida, guarda ainda em mim, ó, Deus, tudo que de vida vivi. Para que, assim, todo vivo, poesia viva eu siga.
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
Falsidade
Gosto
azedo na pele, cevada, cachaça.
O porre que ainda não veio
se faz ressaca.
O porvir, já exagero, me enoja.
Cansado de tanto amor, de amar,
faltam-me as cinzas do cigarro de um amor real;
o trágico.
As lágrimas de sangue sejam vinho.
As gotas negras da caneta que escolhi,
estando ali, esquecida, como eu,
transfigurem-se arte.
O porre que ainda não veio
se faz ressaca.
O porvir, já exagero, me enoja.
Cansado de tanto amor, de amar,
faltam-me as cinzas do cigarro de um amor real;
o trágico.
As lágrimas de sangue sejam vinho.
As gotas negras da caneta que escolhi,
estando ali, esquecida, como eu,
transfigurem-se arte.
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
Distração
Hoje, à hora do almoço,
andei ruas e ruas.
E mais ruas e ruas.
Não vi, não ouvi.
Ao destino, qual não sei como cheguei,
cheguei poesia.
E a tarde, sempre tão cheia
de trabalhos, estresses, passados, futuros;
pôde ser luz, pôde ser dia.
Pôde ser presente
o meu presente dia.
andei ruas e ruas.
E mais ruas e ruas.
Não vi, não ouvi.
Ao destino, qual não sei como cheguei,
cheguei poesia.
E a tarde, sempre tão cheia
de trabalhos, estresses, passados, futuros;
pôde ser luz, pôde ser dia.
Pôde ser presente
o meu presente dia.
domingo, 6 de outubro de 2013
Do pensamento
E que quando eu não puder mais escrever, ver e ler de novo a vida, guarda ainda em mim, ó, Deus, tudo que de vida vivi; para que, assim, todo vivo, poesia viva eu siga.
Parar
Mas
que parar!
Pare co' esse tal de parar,
pare de seguir se explicando,
tramando sagrados planos,
Profano!
Jogue essa piada no fosso,
fonte exígua de vida e encanto,
canção do eterno desacordar.
de arte, de morte, de fé,
pra tudo que se faz fiel: Lodo.
Pare!, deixe esse todo falar!
Ama-me, venha viver!
Pare co' esse tal de parar,
pare de seguir se explicando,
tramando sagrados planos,
Profano!
Mas
que parar!
Pare
de parar, contador!Jogue essa piada no fosso,
fonte exígua de vida e encanto,
canção do eterno desacordar.
Venha
comigo, Irmão Deus,
siga-me
em todos meus sonhosde arte, de morte, de fé,
pra tudo que se faz fiel: Lodo.
Deixe
essa sinceridade no Lodo,
a
falsidade brincante também.Pare!, deixe esse todo falar!
Ama-me, venha viver!
sábado, 5 de outubro de 2013
Fuso horário
Pergunta-me na
madruga, manhã tua.
Respondo-te em noite tua, tarde minha.
Aguardo-te, ansioso, em vão.
Bem finjo, e bem sabes que sei,
bom de contas que sou,
dormires.
A pensar comigo se sonhas
com horas que, hoje, confusas,
serão horas mesmas em noite
só nossa.
Respondo-te em noite tua, tarde minha.
Aguardo-te, ansioso, em vão.
Bem finjo, e bem sabes que sei,
bom de contas que sou,
dormires.
A pensar comigo se sonhas
com horas que, hoje, confusas,
serão horas mesmas em noite
só nossa.
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