A
procurar remédio para as aflições do peito,
pus-me
a imaginar-te.
Possuir-me
em ti passou a ser alento;
nem
gozo, nem fúria, nem medo o orgasmo.
Acariciei-te,
te encontrei desejo.
Tua
boca, teus pelos, pele; teu sexo.
Minhas
mãos cortaram o oceano.
Teus
seios, teu cheiro, nossas peles em uma.
Nossos
quereres, vontade.
Te
quero adentrar.
Te
quero.
E que quando eu não puder mais escrever, ver e ler de novo a vida, guarda ainda em mim, ó, Deus, tudo que de vida vivi. Para que, assim, todo vivo, poesia viva eu siga.
domingo, 22 de setembro de 2013
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
Beco das palavras
Pelas
páginas do livro agora,
introspecções me são.
Insanidade é o hoje
sussurrando ao doravante emergir
o retumbante amanhã.
E o amanhã é todo dia.
E todo dia um novo susto.
Pelo
cinza silêncio
as bordas do pensamento me moldam.
Deformam-me cinza também.
É pelo imóvel que são
tremores.
O quanto me sou distante
é para que me aproxime.
Sim, eu sei, tudo é contrário.
Contrário
por ser único.
E ser contrário.
Por ser disforme é que posso me
aninhar.
Sou todo torto, sou bobo e afobado.
Sou todo lento o pensamento.
Sou contrário
(justiça não posso almejar).
Como
um orgasmo às portas do trágico,
encontro-me feliz insano.
A seduzir o caos, não mais me tenho.
Pensamento: sopa de letrinhas.
Sem suicídios outros, esvazio.
Deguste seu café agora
que esfria.
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