quarta-feira, 20 de junho de 2012

Para Wander Bêh

nem malandro nem mané
nem merda ou doce
fruta amarga por assim interessante
mundo abismo que a ti não interessa
jóia rara que a tudo então se presta
do divino maravilhoso
do pensar que nunca cessa
do saber que se valeu
e se valeu.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Chega a ser nojento de tão sem graça. Sorrisinho sereno - chamaria idiota - no canto dos lábios e um ar bem vazio, de tão resolvido. Que gosto há de ter em escolha tão fácil, tão nada e sem risco? Tão sem emoção olhar assim, assistir, nem legal de rever. Rever: talvez por aí, a chave. Já muito revisitado em matéria de questões grotescas, rock on the road, tombos na estrada, sangue de monte, pode se dar ao luxo - e quem não pode, querido? - do quieto, da fala consigo, silêncio e trabalho - assim, no termo mais usual mesmo da palavra trabalho - sono do bem dormir, banho revelador do gosto por vida de Maurício, da paz. Isso, da paz mesmo. E, incrível, sim, incrível!, que tesão lhe dá a vida também nesses dias. A abertura de possibilidades é algo simplesmente maravilhoso.


* Maurício me foi apresentado por Ludmila Rodrigues, em seu lindíssimo "O rosto na xícara".  http://ludmila-rodrigues.blogspot.com.br/search?q=o+rosto+na+x%C3%ADcara'