quinta-feira, 27 de junho de 2013

Sobre as coisas tão belas

Havia quatro garrafas de conhaque vazias debaixo do banco em frente ao bar fechado. Lindos olhos e curiosos olhares de crianças pobres dentro do ônibus a me levar. Faço de novo o único caminho que sei. Ao levantar-me, piso no pé do passageiro de trás. Não responde ao meu pedido de desculpas, responderia, talvez, a um xingamento. Eu mesmo, muitas vezes, nem a isto respondo. Abro o portão. Minha mãe foge com o cigarro nas mãos. Minha casa fede a cigarro e música chata e velha de novela repetida. No entanto, não sou um roqueiro a lhe ensinar o que é música boa, não tenho essa pretensão, talvez não a tive nem mesmo quando achei que tinha. A vida é bela, meu irmão. Vamos encher as garrafas.

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