A mesma briga na mesma festa sem cor. A mesma falta de
cor.
A mesma falta de espaço na mesma dor do mesmo peito
cansado.
Uma vez novamente em casa, a mesma pole position no
mesmo novo início de temporada.
A mesma madrugada?
É sempre um novo mesmo. É covarde, desigual.
O mesmo craque do campeonato, a mesma pedra de crack.
A mesma piada num mesmo novo nada, é sempre de novo
mesmo.
Febre de verão, calor
de vida dorida na moleira.
É sempre um novo
bocado das mesmas incertezas e delícias.
É sempre muita inveja
de todo pensamento e falta de.
É muito orgulho
teimoso em me ser.
Opaco. Parado. Judio
no meio do mesmo nada que vejo.
E, no entanto, esse
medo constante de nada mais ver.
Tempo
de chuva, sinfonia brincante por dentro.
Passos leves a me perceber.
A falta do que há, a
insatisfação,
o jeito meu de sentir você. Palavra
roubada da canção.
Arte velha da repetição dentro da
gente.
O que não se consegue ser sem
criar.
O que não se sabe dizer ao sentir.
Os mesmos versos do mesmo coração
selvagem.
O
mesmo tempo de chuva
dentro
dele.
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