quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Arroz e poema

faltam dez minutos para acabar
o ano mais incrível.
Woody Allen e Bukowski leem para mim os últimos instantes.
enquanto escrevo, confiro o quanto baixou
a água do arroz.
mato mosquitos e baratas.
sonorizam-se os apartamentos todos
em um.
sobre meu teto não ouço mais os passos do cão,
agora provavelmente assustado;
rojões se confundem:
relógios desentrosados.
confiro outra vez o arroz
e não sei se sou
dois mil e treze ou mais;
um novo, velho, poeta nenhum;
e se ainda me alimento este ano.
vai depender do steak.
Feliz Ano Novo!

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