segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Deu medo de dormir. Veio aquela sensação de alguém no quintal de casa e acabei por ouvir meu coração, tamanho silêncio para perceber possível cochicho, andar, respirar alheio. O silêncio, tome coragem! Deu mais medo, fui pra sala. Que bom, então, que pude assistir ao final daquele filme tão lindo, que, uns dias atrás, havia perdido o sinal bem na última parte. Agora muto a TV para escrever. Mamãe ronca ao fundo de meus pequenos confortantes dizeres para o papel. Sem nada dizer a gente diz muito, nem exatamente preciso, nem sobre algo, nem de nada é. Uma música, uma voz bonita, um silêncio, assim, agora, aconchegante. Um deslizar de tinta sobre folha, e são cores. Um tocar de ares.

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