sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Monólogo surto refúgio conforto

Eu conheci uma pessoa inexplicável, indescritível, inescrutável. Aos meus despretensiosos olhos, quase que invisível. Conheci alguém além de mim, de meu tempo, meu mundo, alguém além mesmo do tudo que não domino ou seja digno de conhecer. Conheci alguém perfeito, ilógico perante minha pobre vaga idéia de mundo. Alguém tão certo de si que me fez ter todas as certezas do nada em mim. Alguém num plano tão acima, tão intocável, que me fez calar para qualquer lhe falar. Conheci alguém tão realizado financeiramente, amorosamente, tão digno, honesto, esperto, situado, antenado, que me envergonhei de minha alienação feliz, despojada e vagal. Era tanto dinheiro, Tanto Dinheiro, MAS TANTO DINHEIRO, MEU DEUS!!!!!! Tanto suor do trabalho, tanta força no muque, tanta voz empossada, tanta palavra certeira correta em meu ouvido gritada que tive a completa visão do todo bosta que sou. UFA!, respiro!, agradeço! A Deus agradeço minha fala por vezes mansa, outras insana, mansa insana... minha cabeça quase nada agitada, meus surtos do nada, minhas palavras trancadas. Meu pesar e o pensar cheio cheio cheio de dúvidas, dívidas, cobranças e perdões. Minha certeza de.

2 comentários:

  1. É! Engraçado é que um ser assim tão abençoado devia ser raro de se encontrar. Como, então, trombamos com tantos, muitas vezes nos bares, nas repartições públicas... Eu acho é que nós é que somos malditos. E fez-se o silêncio.

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  2. Simplesmente, muito fodido! Fica difícil falar qualquer coisa que não seja um agradecimento a ti. Pensando bem, e também à minha certeza de nada.
    Fodido!!!

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