quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Cativa

Cativa o pouco sereno na luz do instante.
Mortifica a feliz idade da rara lembrança.
Um acaso, um encontro, o sublime.
O pão molhado no chá, a rádio do interior, a hora da aula.
O beijo desconhecido, a voz que não há, a voz que se impõe.
Que diz sem pensar.
Cativa a moça bonita, comete a desfaçatez.
Cativa a criança, se apaixona.
Nunca se esquece, não se separa dos seus.
Nunca se queixa, não se aguenta,
ele não descansa.

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