sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Café IV

Bêbado no entardecer.
Minha fé, minha fronte,
minha fronte feia.
Esperança perdida, sigo sem saber.
Almeida Brandão me situa, sigo.
É que o poema bonito
não sou.
A bela mulher que desejo, tampouco.
Não, não sou minha bela mulher.
(Ainda que seja também.)

Eu sou o resto
do conhaque,
do cigarro,
da primeira dose a servir
de aposta perdida.
E a enganação 
até que servia.
Agora me serve, garçom d' alma sã,
a mais nova última
cerveja do dia.

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