Leio
a não saber o que
ou
para quê.
Leio
a imensidão que sou
e
a que não sou.
Leio
o vazio que fala e o entendendo nada.
Porque
entendo nada,
ou
porque algo preciso dizer que faço.
E
é nem feio o nada, o fazer nada.
Leio
porque sou nada.
Chamo
porque preciso entender por onde
me
falam rastros.
Chamo
porque preciso me achar em outrem
e
por contente.
Chamo
por precisar de algo
ou
de alguém.
Chamo
por medo de me esquecer.
Somente
assim
me
chamo.
Falo,
não falo, ouço.
Olho
por onde vim.
Busco
por passos que, vacilantes,
falam
de coisas minhas.
Fazem
tudo que é meu
cheio
de toda fé.
Debruça-se
e acalma a mim
o
meu silêncio: existir.
“Olhe
por onde anda, não olhe tanto!”
Precipitada
e calma criança
eu
sou.
Fantástico, mano!
ResponderExcluirAdorei!
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