sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Poema de um folião feliz

Diz o meu carnaval
Ser mais distante que alegre
Hoje, diz, o meu carnaval
Ser menos festa que outrora
Que dentre os risos das errantes serpentinas
Procura um mesmo eu e só encontra angústia
Nas luzes foscas só deixa-se iluminar
A dor
Esta, sim, de outros carnavais

Já fui jovem, sim, já fui algo antes
Hoje, sem nome, órfão de todas as cores de uma morta idade
De pecados outros
Quando ainda cria amar verdadeiramente
Quando ainda cria em mim

Hoje já nem mesmo pena, já nem mesmo por mim mesmo
Posso ousar sentir crendo que sinto
De verdade, verdadeiramente
Um pleno amor carnavalesco carnaval.

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