sábado, 22 de novembro de 2014

Sobre as noites de ontem

Observo o policial a olhar o mundo
A prender por entre risos esgueirados e sarcasmos
Qualquer minha segurança

Oh, Deus!, por onde andei nas últimas madrugadas
Que não percebi o quanto me
Espreitava
O olhar chato e o socorro
Da mente que não vinha?
A paranóia, a nóia
A paranóia delirante
De meus encontros com Deus
Meus ocasos, meus sóis confusos
Meus restos...
Minhas situações de amor.

E o que sou
se não meu próprio Deus
Meu cacique
Meu pobre poeta de olhos ora belos
Luminosos
Cheios de esperança
Ora lassos?
Sou parênteses...

Uma eterna explicação desnecessária
que sempre exigem de mim
Que sempre exijo
Que sempre penso exigir
Que sempre peço que exijam

O disco na vitrola fala em falso
A fala que não percebe a mentira
A fala que nada precede
Mente a sensação
Oh, tosca fala de Deus!!!
Parece mentir amor meu
Parece mentir
Parece amor meu

Sereno, nu, divertido, perene e cansado
No meio da rua
Em frente à viatura de polícia.



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