domingo, 9 de novembro de 2014

No outro dia, um filme pornô

Pois o sol lá continua
Não foi eu, graças a Deus
Que o fez parar de ser
Arrebentei todas as paredes
do peito, da alma, do gemido em mim, do silêncio
Arrebentei, nessa última noite,
o meu criado mudo
meu violão
Fiz calar essa fala que de nada serve
Já que prossigo a precisar
de algo que fale em mim
Morrerei na espera
Morrerei na espera
de um anjo salvador
de uma música nova
de uma mulher outra
de um relacionamento, um caso
de uma nova espera
Vivo a lapidar
e destruir
Arrebentei, nessa última noite,
meu criado mudo, meu violão
todas as paredes
ficaram
as janelas

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