Da vida emana a melodia
Da vida
A música que se faz no vento, nos verdes pássaros
De dentro
Na esperança de nada sobre nada
Faz-se a poesia
Um café no Boulevard imaginado pós a aula não havida
E o som dos passos
O desaviso na dança das velocidades dos carros
Uma só dança, todos bailarinas sem ensaio
E perfeito
No som dos tempos
Outonos de outros carnavais
Perfeitas bailarinas no ensaio que é sempre
O dom dos tempos todos
No hoje
As mesmas chances para os mesmos seres
Perfeitos na imperfeição que é ser
Um mesmo ser
Os carros
E o moço da mesa ao lado
Que chora alegre as mágoas do dinheiro alheio
Não espanta mais a melodia das horas
Pois é bailarina também.
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