terça-feira, 21 de abril de 2015

Estereotipia

Invento Ser Poeta
Qual de mim o que não canta
Pessoa que não jorra
Nas estantes, nos ouvidos
Nos andaimes de meu ser

Invento o precipício
Qual não peca ao se cuidar?
Ao limar cada palavra
Velhas frases de seus dias:
O pecado

A bênção da palavra, a palavra
A bênção dela nela
Tarda assim o impessoar
A emoção obstinada do que somos
Obstinadamente...

O impressionar, O impessoar
Inventa o que não canta
Amoroso cada espanto, a cada espanto
E a cada espanto então me invento
E invento ser poeta...

Nenhum comentário:

Postar um comentário