nos semblantes, nas ausências
pelos bares, nas igrejas
nas servis e esparsas condolências
pelas ruas, a tristeza
refrões, aliterações
dos carinhos da
tristezainicio minha nova obra poética
com ajuda
da tristeza
alheia:
a tristeza pelas ruas
livre, leve e soltasolta seu aroma
inebria
perfuma de cerveja o vapor do homem a andar nu de seta
e perdição
bafora na cara do hoje
notada falta de qualquer espera
busca o esquecimento
de quem nem se soube
o tempo qualquer perdido
nessa falta de amanhã no hoje
um constante suicídio
essa causa da tristeza
a tristeza congelada no
olhar daquele a cruzar ruas
atento aos sinaisdesprovido de quereres, instintos
distraído ante a própria vida
a própria obra
poética
à margem dos próprios
passos
conduzido que épela tristeza
não se vê
não olha ao lado
um repouso
no colo feliz tão qual cansado
da tristeza.
são refrões,
aliterações, percalços descalçados, condoídos
infelizes, indecisosreais tão qual sentidos
é uma dor física, clara, por dentro e fora, bela e podre
por dentro e fora
a tristeza.
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