domingo, 2 de março de 2014

Nova obra poética - Tão qual tristeza - Condolências - Indiferença

pelas ruas, a tristeza
nos semblantes, nas ausências
pelos bares, nas igrejas
nas servis e esparsas condolências
pelas ruas, a tristeza

refrões, aliterações
dos carinhos da tristeza
inicio minha nova obra poética
com ajuda
da tristeza
alheia:

a tristeza pelas ruas
livre, leve e solta
solta seu aroma
inebria
perfuma de cerveja o vapor do homem a andar nu de seta
e perdição
bafora na cara do hoje
notada falta de qualquer espera
busca o esquecimento
de quem nem se soube
o tempo qualquer perdido
nessa falta de amanhã no hoje
um constante suicídio
essa causa da tristeza

a tristeza congelada no olhar daquele a cruzar ruas
atento aos sinais
desprovido de quereres, instintos
distraído ante a própria vida
a própria obra
poética

à margem dos próprios passos
conduzido que é
pela tristeza
não se vê
não olha ao lado
um repouso
no colo feliz tão qual cansado
da tristeza.

são refrões, aliterações, percalços descalçados, condoídos
infelizes, indecisos
reais tão qual sentidos
é uma dor física, clara, por dentro e fora, bela e podre
por dentro e fora
a tristeza.

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