segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Gente má

Pessoas más que não escolhem hora
Nascem, crescem, morrem
E não escolhem hora pra morrer
Pode ser numa tarde de verão das mais especiais pro filho
Pode ser aos cinco anos do menino
Que, sem pai agora, órfão vai andar num mundo mal
Que permite gente má a habitá-lo de maldade
Tornar-se-á pessoa má no mundo
Vai crescer, morrer, sem escolher a hora pra morrer
Podendo ser no jantar de bodas, ao pé da esposa
No único casamento feliz que houve no mundo
No mundo mal que casamento não escolhe
Pra permitir que gente má sem avisar se vá
Deixando a mãe órfã de outro filho, só no mundo
O amigo que outro amigo igual não tem e não terá
Menino, criança, velho, gente má
Os netos ficam, sem entender, de nada importa
Abre outra dose de mundo, deixe estar
De nada importa a tristeza que há de haver
Sendo tristeza no feliz tudo o que há.

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